sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Encarando um "demônio" invisível

sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Não se esquece uma madrugada assombrosa, em que seus pensamentos te fazem refém.
Escrevi essa carta pensando em endereçar para uma pessoa, porém me faltou coragem para entregar, receoso de expor um medo que constataria uma fraqueza e fragilidade que enfrentava na época! é difícil se esquecer de uma madrugada em que o ar ate falta pelo excesso de palavras que estão por explodir, não tendo meios de colocar as razões a postos, de alguma forma elas precisam sair, pra que se consiga então dormir.


Gustave Doré - Satã, paraiso perdido... 1866 
Sábado, 16 de janeiro de 2010
 Devaneios em uma madrugada qualquer... (My Own Hell)


Ola, tempos que me privo, deste que pra mim era um enorme prazer, aqui estou eu novamente, fazendo o, mas sem entender bem o por que, ou talvez saiba e use o alto engano para um disfarce, talvez aquietar meu ser. Ando fugindo de mim mesmo, me ocupando de frivolidades, sem pensar nas percas do que de mim se foi, ou o que de mim somou. Mas acho que o que mais incomoda meu espirito, e de evitar de ter uma conversa de mim para comigo, e envolto a muitas pessoas, percebo que as vezes me estranho, e como sempre me vem aquela subta constatação de que sou um ser incompreendido, e de que não quero e não faço nenhum esforço para assim o ser, pois creio que se assim o sou, teria que ser percebido, e enxergado como sou, não apenas como uma companhia para trivialidades. Repito não quero ser o centro de nada, nem de ninguém, quero apenas poder dizer que ''sou”, tal como sou para mim mesmo aqui dentro de mim e que ninguém jamais conseguirá ver com meus olhos. E não quero e nem posso esperar nada de ninguém, compaixão ou simpatia, quero apenas saber melhor, ser eu mesmo, mas um eu mais leve. Mais as pessoas em suas verdades e razões oprimem, e assim ficam muitas coisas por serem ditas, então o que me resta e observar. Como se já não bastasse ter que ser tudo isso , e de tudo ser demasiado ''tão'' em mim. Nunca tinha me ocorrido que minha intensidade assusta as pessoas, mas se deixo ela sei que não sou eu, e fica um fado tão pesado pra carregar. Como Sísifo, prefiro nem pensar, vou apenas subindo minha montanha com a pedra que e posta por mim mesmo, e me vejo envolto do que posso chamar de meu próprio inferno. Não culpa de ninguém, se ando meio perdido em devaneios. Mas tambem não posso me ver agonizando dentro de mim.

Artur César






1 comentários:

Rezinh@ disse...

Vc tá foda hem muleque!

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