O que não queima, não purifica,
faz peso e nem sempre a
existência se justifica.
Do sublime ou trágico,
decifrar céu e inferno, muitas
vezes doce, em outras amargo.
Da revolução a subversão
vem do lado obscuro
toda força para negação.
Bruto, auto-matéria-prima,
no fogo e na dor, forjado,
sempre irreversível o transformado.
Irreversível, é o sentimento mutilado,
a marca na alma, uma memória dolorida,
por muitos momentos constante, dia pós dia.
Os outros fazem a vida seguir,
Intrínseca, apelativa, fatídica e opressiva.
Minha luta se volta contra miséria e o
enlouquecimento, precedente do surto iminente.
Implementos destrutivos que corroem,
a ruína é evolutiva, e a evolução não é retrograda,
é digerida e decomposta, fragmentos tristes ou felizes,
dela, que o tempo mostra.
Artur César
25/09/2013
15:21