imagem: domination - Yuta Onoda
Espectador da minha própria peça,
Platéia de um só, trágica minha comédia,
Petrificado ate o fim do ultimo ato.
Os risos já não possuem o encanto artificial,
fazendo vil quase todo sentido da minha arte,
a minha fonte finita de consolo, meu refugio pro mal.
Em cenas antes vistas que me comovem.
A primeira gota rola, precedendo outras,
na dor, vou me engasgando nas falas,
soluçadas e impensadas, me esgotando na alma.
Arruinando meu ultimo papel com desprezo,
desejando a morte solitária na coxia da vida,
onde no improviso, o “personagem” nunca
viveu, que ao tocar a vida, a vida estragou, morreu.
Diluindo romances nos dramas, almejando
meus próprios aplausos, o retrato do peso
da minha vergonha enfadonha, para os créditos
de um diretor ruim, cruel pra mim!
21/03/2012 11:31 am
2 comentários:
Em alguns dias nós podemos nos perder, mas em outros nos encontramos. A vida é feita de altos e baixos, às vezes estamos ruins mas não somos assim o tempo todo, não é mesmo?
Bjos
Claro que não, uso estes escritos também como válvula de escape, a minha volta (falando particularmente) existem tantas pessoas "felizes" que fico imaginando que se dar dessa angustia que é viver (segundo kierkegaard, e que concordo) é uma exclusividade somente minha... então escrevo no intuito de leveza. Esse objetivo não é todo eficaz, em muitas vezes gera ganchos para outros devaneios. Pode parecer negativo, e eu acredito que não seja, mais acho tudo isso importante, me faz me sentir vivo, e não apenas existindo, me sinto autentico, de certo modo, ou de muitos modos, do meu modo!
Beijos Miya, obrigado pelo seu precioso comentário e ponto de vista! Makes me happy =]
Beijos.
Artur César
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