Escrevi esse texto, pensando em muitos comportamentos, meus, alheios, mas sempre em volto aos meus demônios aos meus devaneios, que sempre me trazem algo útil. E esse útil, pode ser uma conclusão triste mas construtiva, ou uma conclusão alegre e resignadora. Mas dentre tantas formas de conclusão, existe uma que é uniforme, de que somos(sou) uma miscelânea de ideias, sentidos e sentimentos, e que a ideia de ser/estar numa constante, não passa apensa de uma mera vontade, como uma vontade irracional infantil por exemplo!
Um dia...
Um dia, nascemos,
um dia, crescemos,
um dia, nos damos conta,
de que não sabemos o que queremos.
Certos dias ficamos confusos,
na maioria estamos certos de tudo,
um dia, essa certeza muda
e nossas ideias ficam embaralhadas, confusas.
Um dia, preferimos o nada,
no outro queremos o mundo,
um dia, nossa conduta falha,
então caímos em desgosto profundo.
Um dia, achamos toda a alegria, pouco,
na maioria achamos a pouca tristeza, muito,
um dia, isso se inverte e nem nos damos
conta desse completo absurdo.
Um dia, queremos amar,
em outros tentamos deixar,
Só então buscamos provar,
que muitas vezes o melhor é
estar só.
Um dia, queremos falar,
Em alguns apenas escultar,
um dia, escutamos, mas não ouvimos
um dia, falamos mas não escutamos.
Um dia, não nos damos conta da superfície,
dai nos surpreendemos com o abismo,
um dia, a gente quer ser mais profundo,
achando de novo, que iremos conquistar o
mundo.
Um dia, choramos,
na manhã seguinte não sabemos o por que,
e então sem entender, achamos que consolidamos
a verdadeira razão de "ser".
Um dia, as pessoas se vão,
em outros só percebemos quem vem,
um dia, com saudade vamos ao chão,
mas um dia com chegadas faz tão bem.
Um dia, a gente crê,
já em outros, somos descrente,
mas um dia temos que dizer a verdade,
no outro não sabemos por que se mente.
Um dia, somos jovens,
à longo ou a curto prazo, não mais,
um dia a gente percebe,
que não da mais para correr atras.
Um dia, abrimos os olhos,
um dia, fechamos as janelas,
um dia, a vida é feia
um dia, do absolutamente nada,
tiramos coisas tão belas.
Artur César
07/01/2013
22:41