Paixão, essa palavra tem um peso e um significado muito forte na minha vida. Seria justo aprender morrer se não houvesse esse meu se apegar na paixão, em mim, talvez o proposito mor da minha existência, do viver, do meu viver. Vivo para me apaixonar, me apaixono para viver, vivo então para escrever sobre, descrever sobre a plenitude em que uma intensa paixão me exalta, inflama minha alma. É um egoismo motivante, onde somente eu sei o que é internamente, por meio de todas as formas sensoriais escritas, eu tento transmitir em algumas manifestações perceptivelmente emocionais, na maioria das vezes até me fazendo exalar o entusiasmo, recorrente de ser invejado, pouco importa, é meu compromisso, meu dever, seria uma luta, causa perdida relutar comigo mesmo, me acometendo de pré julgamentos alheios. Meu tempo se estagna apaixonado, e o mundo se transforma em paisagem, detalhes, focos, descrições, pontos e contrapontos. A arte é tão mais arte, a sensibilidade é tão mais sensível o desejo é tão mais quisto, e o impeto mais voraz. 24 horas é pouco pra um dia, na atual conjuntura, estou nos melhores dias dos meus últimos miseráveis anos, e por toda dor que recém passei e que passo ate o momento, é compensada pela maravilha instigante, pela motivação obstinada que a paixão me causa! A paixão o melhor capitulo da minha historia o grande ápice da minha tragedia, que aplaudo internamente, em pé, emocionado gritando: BRAVO, BRAVO, BRAVÍSSIMO.
Artur César
27/02/2013
21:51
Não há tempo que não finde um medo, nem minutos previstos, contados para o fim de um desejo Nem mesmo a raiva quebrada pelo encanto do dito: te amo; estancaria o pranto, agora de felicidade É mutuo o querer resolver, porque as horas passam rápidas, pra gente se dar o luxo de perder A razão se perde fácil, sensibilizados pelo nosso prazer inato, despindo as magoas, porque nas mãos, é que a vontade fala... A vontade fala... o corpo canta do desejo, bebe o tesão inflama ardendo a cama Somos, do inferno ao paraíso, similar nesse nosso sobe e desce, vulneráveis em entrega, hora eu solto, logo você me pega vem o ápice, e nada mais é dito, inexplicável... agora... existe somente os sentidos... Desgrudados, você para um lado, eu, oposto, jogado, sorrindo, e mais um problema nosso resolvido.
Dedicado a Melissa Shütz, inspiração, e razão desse escrito, obrigado por tudo que você já representa!
Ele tinha feito as malas no dia anterior, já tinha deixado tudo pronto, só não sabia se
seu coração estava pronto para tanta ansiedade que o tomava e o impedira de
dormir um sono tranquilo, uma mistura de felicidade e angustia, pelas horas que
se arrastavam para seguir o caminho que o levaria a sorrir e sentir suas velhas
emoções, todas de volta, talvez mais fortes e renovadas.
Depois de limpar a casa, nem tinha se dado conta de que
ainda pretendia ir ao mercado, buscar o que faltava para preparo do prato que tinha
em mente que dedicaria a ele, imaginou, que as horas em que ele ficaria
esperando o voo no aeroporto, somado ao
tempo de viagem ate sua cidade, o deixaria com fome. Perdida em lembranças de
conversas pelo telefone, se arrumava para as compras com um sorriso no rosto,
tomada por excitação que só a
confirmação da emissão da passagem poderia justificar, iria vê-lo, matar a
saudade dos beijos e do corpo que acreditava que a pertenciam por direito, se
lixando para possessão, era dela, assim como o seu ser e toda sua entrega,
pertenciam a ele, uma troca mutua, acima de tudo justa, em sua visão agora de
enamorada.
As razões para deixar a cidade naquela semana, para ele,
eram claras e significativas; a estava amando perdidamente, com uma forte
convicção de que já era tortura demais
os dias que já tinha passado sem o brilho dos olhos daquela mulher, sem o
sorriso, que vencia qualquer relutância de sua razão, para abandonar essa
paixão, que tomava proporções descontroladas em seu ser. Por impulso impensado, comprara
as passagens, e lembrou, que seu desejo era fazer uma surpresa, desembarcando no aeroporto de sua
cidade e ligando para ela, pedindo que viesse busca-lo, mas achou mais
prudente, avisar, mesmo sabendo que pelo telefone, ambos encheriam de lagrimas
seus olhos, e inundando de alegria o peito, que ate então era tomado apenas
pela esperança e agonia das horas, e dias de espera.
Tudo já estava pronto, chegou meia hora antes, do
desembarque previsto, só faltava ele. Tentava controlar sua emoção, mas a cada
grupo que desembarcava, procurava em meio aos rostos desconhecidos, aquele seu tão familiar e adorado, que também estaria perdido, procurando o dela.
O Voo foi tranquilo, já estava anoitecendo, e a teria em
seus braços em poucos minutos, fechou os olhos e sorriu, um sorriso de "finalmente". Caminhando, firmava cada vez mais em seus pensamentos, e em seu
coração que a sua alma, não era mais sua, queria viver por ela, respirar pelo
amor dela, dedicar seu mundo a ela, e que assim seria um homem mais feliz, a toda extensão da palavra, não importando o tempo, o tempo agora poderia se arrastar lentamente pela eternidade, ambos já não se importavam mais.
A viu ao longe, linda, com os cabelos soltos, se esforçando
para olhar por cima dos ombros alheios, nas pontas dos pés. Veio caminhando lento
em sua direção, até que ela o viu sorrindo, a primeira gota rolava pelo seu
rosto neste exato momento, mas agora era de alegria, como quem sufoca a
saudade pérfida, com lagrimas de felicidade, enfim, não estava mais sozinha. Ele a abraçou tão forte, ao mesmo tempo
que ela o grudara para nunca mais largar; ele disse com uma voz rouca :”Não
chore, cheguei, o teu amor me trouxe de volta até aqui, chega de saudade.” Dois corações batendo frente a
frente, aliviados e uma noite pela frente carregada de carinhos voluptuosos e
impetuosos, onde a saudade não tinha mais vez e o amor vencia, imperava mais uma vez.
''É comum dizer se que a vida do homem não passa de um sonho, e esse sentimento me acompanha sempre. Quando observo os estreitos limites em que se acham encerradas as faculdades ativas e intelectuais do homem, quando vejo que o objetivo de todos os nossos esforços é prover necessidades que por si mesmas não tem outro fim senão prolongar nossa miserável existência, e que por conseqüência toda a nossa tranquilidade, em certos pontos de nossas buscas, não passa de uma resignação sonhadora, que gozamos pintando de figuras variadas e perspectivas luminosas as quatro paredes que nos fazem prisioneiros, e tudo isso me reduz ao silêncio. Olho para dentro de mim mesmo e vejo um mundo, porem, um mundo mto mais de pressentimentos vagos e desejos do que de realidade e forças vivas. Entao tudo me flutua ante os olhos, e continuo sorrindo e sonhando em minha jornada atraves do mundo.'' OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER - GOETHE