se faz suportável, ferida narcisista
que o existir determina.
Lá fora o calor queima, o sol brilha
aqui dentro o inverno é impiedoso,
contamina todas as palavras, fonte de toda poesia.
É feita dos vapores do medo, a neblina
da mentira e da duvida que exala o mal, me
fazem perguntar se vale o argumento substancial.
Emoções pérfidas na mente atribuída
balbuciando em tantas línguas diferentes,
que só encontro tradução na razão.
Os ventos soprados devolvem tudo sem pudor
que já foi proferido, minhas próprias palavras
impensadas me cortam o rosto.
Sou minha causa e dor.
A melhor forma de lidar com a dor, é não expor.
Implementos existênciais que prorrogam
a breve vida, mas não impedem colheitas infrutíferas.
Artur César
09/10/2013
21:33
2 comentários:
[silêncio...]
=*
Se dentro de nós mesmos, ou melhor, se a gente (com os nossos "eus") tivéssemos condições puramente racionais de controlar as coisas com exatidão, maravilha! Acontece que somos divididos, temos máscaras, temos lidos, memórias e vivências que nos fazem sempre para além do que possamos saber e poder determinar. É isso que tanto nos assusta, mas por outro lado, também o que nos surpreende e nos faz seguir adiante.
Abraços,
Lívia
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