Na cama e que nos espreitamos,
é lá, a nossa arena, somos dois vadios
ardendo, fazendo supremo o nosso tesão
A entrega pretendida, nossas mãos reclamam,
que ambos nossos sexos mutuamente clamam,
gloriosos são orgasmos, eu coleciono, todos em sussurros
Para que tomar de palavras, exprimindo o fato?
Na hora, no encontro, não cabe definir o ato,
então aquela sensação do indizível, me domina
enquanto de você eu me farto
Sou eu agora esse ser cuidadoso, que
outrora inspirou brigas, sangue e dor.
Você gemendo mansamente, na latente
pergunta que sai da sua mente, se realmente é:
" dor ou prazer que agora se sente?"
Dor e prazer!
Sempre abusei desmedido com você.
Velado, na vertente da minha alternada verdade,
a cada centimetro ocupado, com a minha dor
se fazendo valer, me molhando mais no seu prazer.
Vezes me indago da sua coragem excitada,
pois eu sei também, que a sua carne é fraca.
Ter você "santa" assim, de joelhos diante de mim,
oscilando entre a beata e a devassa, me faz adorar
suas muitas facetas, me fazendo preza em sua boca,
me aniquilando numa voluptuosa...
Eu, santo ou não,
rezando ou pecando, lambendo ou chupando,
daí pra frente apenas te infernizaria, por medo,
é que você vicia, bem sabemos como isso termina.
Começa assim, em incontrolável desejo,
em liquido consumido, pelo corpo escorrendo
doando a alma, remarcando o que foi já tantas
vezes consumado, abrindo, rasgando, e você gritando:
"Você me parte sabia?"
Artur César
08/08/2011 017:22
Antes...