imagem - Dongyun Lee
Das rupturas,
das angústias
da lógica, que também,
não pertence a verdade alguma.
Nos pseudônimos,
o escape para toda
hipocrisia que cerceia
a linha tênue do que se é,
para o que não se gostaria de ser.
A tentativa vã
de uma vida mais leve, a frustração
de não conseguir empurrar pra lá
toda densidade, que mesmo
vazia, ocupa muito espaço.
Nem demônios nem anjos
atormentam tanto,
o inferno agora são os vivos,
na decadência infrutífera,
na normalidade com o absurdo.
Depois de escrito,
julgado na sanidade dos normais,
condenado na substância da moral pública,
não pertencente ao padrão, sentenciado
ao silencio, ignorado...
maldito, malogrado.
Artur César
22/07/2013
16:11
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