Em (des)encontros colhemos tantos contos, e quão bom são os contos, contados com o peito carregado de euforias ou de (des)esperanças, perdendo o olhar pelo horizonte, a onde a aventura que se foi, ou que poderia ter sido, dissipou-se! Por fim, mais passos avante, na busca incessante, do que mesmo? Só adiante pra descobrir!
Por mais que ajude algumas pessoas com a minha filosofia, com meu modo de ver o mundo e as pessoas, as vezes eu não posso evitar que no ambiente em que me encontro, o baixo astral impere, apesar do meu bom humor (quase sempre), não estou imune de ficar com a auto-estima em baixa, de ficar melancólico, de as vezes querer descarregar meu humor negro no mundo e em algumas pessoas! Muito pelo contrario isso vem a doses cavalares, que as vezes eu mesmo não me suporto e utilizo de distrações, para uma fuga de mim, de meus pensamentos, como por exemplo, os livros, a internet, a cerveja, e algumas porcarias musicais, justamente pra não pensar no quanto essa realidade esta sendo tão densa pra mim! Esse é um lado que não mostro muito pra ninguém, que transporto pro papel e ali eu deixo sem cutucar com vara curta.
Sentir, essa palavra sempre teve um significado tão grande pra mim, que na atual fase tem sido tão pesada. Sinto o peso da compaixão, de olhares alheios que analisam "clinicamente" a minha condição de ferido, camuflo com destreza, mas isso me aniquila por dentro.
Mais que o fator físico que me atrapalha hoje, me impondo nessas condições de servidão mais profunda do que de costume, o meu equilíbrio psicologico, parece que também entrou numas de atraiçoar-me. Eu não esperava que o fator psicológico fosse tão difícil como esta sendo, medos e incertezas que tirava de letra, estão me acompanhando cada vez que abro os olhos para um novo dia, fazendo-me evitar olhar no espelho e enxergar somente que a minha barba esta crescendo, que meu cabelo esta crescendo e que junto, cresce também a minha angustia, e um anseio de querer voltar a minha vida ativa de antes. Me culpo tanto por ter tido a chance de evitar tantas coisas, tantos excessos, que só enxergo agora, com os resultados apurados da minha conduta errônea.
Os arrependimentos, consequência dos erros, existem e talvez seja deles que tire as forças que tenho agora, pra minha vontade, meu desejo de mudanças internas, de exigir um novo "eu", aquele, que abandonei em algum canto por ai!
E o que esta me restando agora também, é sentir saudades, muitas, não de ninguém especificamente (por hora), mas de mim mesmo, de sentimentos que habitavam esse ser que se julgava tão leve em princípios, simples em atitudes, despido de culpas! Saudades de poder dizer coisas belas, de formar frases que encantavam a mim mesmo, sem medo de parecer patético, ou tão pouco ridículo no meu lirismo muitas vezes exacerbado, confesso. Não como agora que muitas coisas que componho, são versos que amargam ao serem relidos, mas que tem a sua importância, em minha fonte de inspiração!
Ao contrario do que de costume, meus pesadelos por hora, se dão ao dia, acordado, pois é no cair da noite, mais por volta da meia noite, longe de olhares e longe de tudo, no meu infinito particular, que posso degustar um pouco do que é, estar normal, e menos desmotivado!
Um "poeminha" meu sem muitas pretensões, apenas para constar alguns fragmentos memoráveis! Inspirações que tiramos dos sentidos, e claro, da "cama"!
Wesley Duke Lee
Em uma madrugada qualquer sem hora marcada, ou ligações planejadas, velhos novos arrepios sussurrados no ouvido, deixando em restos, a saudade, nostálgico prelúdios de nossos encontros, quando a sedução era nossa arte.
Embalados em livros e taças de vinho, fantasiando a meia luz, de tema aquele sofisticado ritmo enfeitiçados pelos olhos,exaltando os sentidos.
Ela esta onde eu termino, estou onde ela começa, cumplicidade que nos favorece, nessas madrugadas que simplesmente não cabem culpas, nem as minhas nem as dela, apenas dois iguais em suas tórridas procuras.
Desejos que ardem, num calor que se espalha, gozar nada sereno, capazes de tirar o folego de tão intensos,
da voracidade, o impeto que nos deixa marcados,
ela e minha envolvente tentação
e eu seu adorável pecado
''É comum dizer se que a vida do homem não passa de um sonho, e esse sentimento me acompanha sempre. Quando observo os estreitos limites em que se acham encerradas as faculdades ativas e intelectuais do homem, quando vejo que o objetivo de todos os nossos esforços é prover necessidades que por si mesmas não tem outro fim senão prolongar nossa miserável existência, e que por conseqüência toda a nossa tranquilidade, em certos pontos de nossas buscas, não passa de uma resignação sonhadora, que gozamos pintando de figuras variadas e perspectivas luminosas as quatro paredes que nos fazem prisioneiros, e tudo isso me reduz ao silêncio. Olho para dentro de mim mesmo e vejo um mundo, porem, um mundo mto mais de pressentimentos vagos e desejos do que de realidade e forças vivas. Entao tudo me flutua ante os olhos, e continuo sorrindo e sonhando em minha jornada atraves do mundo.'' OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER - GOETHE