terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Sonho De Amor E Verdade..

terça-feira, 31 de dezembro de 2013


Quero viver muito para presenciar a cada manhã, as 5:45, o seu mau humor ao sair da cama, e achar lindo isso. Porque tu estará ali, a cada manhã a cada dia, e ao passar das horas, e com muita vontade, é que meus esforços rotineiros serão focados em tirar sorrisos mediante os percalços do trabalho, das dores, das provações... etc...  meu sonho.
Quero viver muito, pra te motivar a viver e tirar o melhor de ti, em tudo que você produzir, em tudo que você conquistar.
Será a minha maior forma de gratidão, pelo amor que sinto por ti, de como esse amor me derruba em sensibilidade e rapidamente me reconstrói pela encanto do 'ter você' longe ou perto. E você me permite manifestar essa gratidão.
Ter você, é compreender meu sentido pra vida, e me impulsionar perante todas as provações do agora, para alguém que realmente importa, para alguém que realmente quero.
Seu jeito meigo e carinhoso que vi logo de cara quando nos conhecemos, é o que ate hoje me desarma, aniquila meu ceticismo, destrói os alicerces das minhas incertezas. Incertezas de mim mesmo até.
Tu me transforma, transforma o meu humor quando menos espero, inverte os meus valores somente com um: "eu te amo". 
É porque tu respiras, e está ai pra ser amada, pra ser inspirada,  percebida, desejada e respeitada, que tem que ser colocada nos lugares mais majestosos que um homem pode ter para sua amada: nos pensamentos e no coração, porque são desses dois lugares, junto com a sua existência, que faz a fonte para toda poesia que é, e será a minha vida. 
Não sei se seremos o Casal Perfeito, como titulo da musica que escolheu para nós, mas sei que está ficando impossível imaginar minha vida sem você Melissa.

Você é a musa, a inspiração, vontade, a letra que forma a poesia, o suspiro apaixonado no fim pós escrito, o sorriso de que é também por você o respirar da minha arte. E isso é só parte da soma, que me faz ter a convicção, de que sou teu.

Eu te amo igual!

Do teu Artur.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Implementos Da Tolerância

quarta-feira, 6 de novembro de 2013



Consequências do suplício
a convicção da dualidade, ser frio
não põe ninguém além do bem e do mal
desgasta e por vezes faz perder o brio.

Dividir-se a qualquer preço e em
permanência com a barbárie,
o maior lado que pender
determinará a essência do ser?

Bem ou mal, ruim ou bom
misericordioso ou rancoroso,
indulgente ou impiedoso
Qual a maior parte de mim ?

Tão difícil fazer a estrela brilhar
quando é constante a intolerância
com o diferente, com a hipocrisia
que atormenta e o alheio repudia.

A vulgaridade predomina o desgosto
como a tolerância deve ser admitida?
Como conviver em paz com o que se declina ?
É possível a paz com os escravos da incultura?

Não tolerar é igual a desumanizar,
é sobrepujar tendo por chão
a ignorância, precedente
do ódio e da ganância.

Onde o meu direito humano
não pode ser fundamentado
tolero os outros, por ser tolerado.
Revoltante ver e perceber difundido, 
o erro pelo implemento corrompido.

Artur César
06/11/2013
12:58

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Implementos Da Existência

quarta-feira, 9 de outubro de 2013


Pela minha arte, meu sofrimento
se faz suportável, ferida narcisista 
que o existir determina.

Lá fora o calor queima, o sol brilha
aqui dentro o inverno é impiedoso, 
contamina todas as palavras, fonte de toda poesia.

É feita dos vapores do medo, a neblina
da mentira e da duvida que exala o mal, me
fazem perguntar se vale o argumento substancial.

Emoções pérfidas na mente atribuída
balbuciando em tantas línguas diferentes,
que só encontro tradução na razão.

Os ventos soprados devolvem tudo sem pudor
que já foi proferido, minhas próprias palavras
impensadas me cortam o rosto.

Sou minha causa e dor.

A melhor forma de lidar com a dor, é não expor.
Implementos existênciais que prorrogam
a breve vida, mas não impedem colheitas infrutíferas.

Artur César
09/10/2013
21:33



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Implementos Da Destruição

quarta-feira, 25 de setembro de 2013



O que não queima, não purifica,
faz peso e nem sempre a
existência se justifica.

Do sublime ou trágico, 
decifrar céu e inferno, muitas
vezes doce, em outras amargo.

Da revolução a subversão
vem do lado obscuro
toda força para negação.

Bruto, auto-matéria-prima,
no fogo e na dor, forjado,
sempre irreversível o transformado.

Irreversível, é o sentimento mutilado,
a marca na alma, uma memória dolorida,
por muitos momentos constante, dia pós dia.

Os outros fazem a vida seguir,
Intrínseca, apelativa, fatídica e opressiva.
Minha luta se volta contra miséria e o
enlouquecimento, precedente do surto iminente.

Implementos destrutivos que corroem,
a ruína é evolutiva, e a evolução não é retrograda,
é digerida e decomposta, fragmentos tristes ou felizes,
dela, que o tempo mostra.

Artur César
25/09/2013
15:21

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Post Scriptum

segunda-feira, 22 de julho de 2013
imagem - Dongyun Lee

Das rupturas, 
das angústias
da lógica, que também,
não pertence a verdade alguma.

Nos pseudônimos,
o escape para toda 
hipocrisia que cerceia
a linha tênue do que se é,
para o que não se gostaria de ser.

A tentativa vã
de uma vida mais leve, a frustração
de não conseguir empurrar pra lá
toda densidade, que mesmo
vazia, ocupa muito espaço.

Nem demônios nem anjos
atormentam tanto,
o inferno agora são os vivos,
na decadência infrutífera,
na normalidade com o absurdo. 

Depois de escrito,
julgado na sanidade dos normais,
condenado na substância da moral pública,
não pertencente ao padrão, sentenciado 
ao silencio, ignorado...

maldito, malogrado.

Artur César
22/07/2013
16:11

terça-feira, 30 de abril de 2013

O Amor E A Ira

terça-feira, 30 de abril de 2013
imagem - Charles Vess


Veste negro, o luto da minha dor,
onde definhado, em dois passos,
se torna ira, o que era amor.

Escritor de madrugada,
recito meus escritos malogrados,
todos regados a duplas doses
e os efeitos de um álcool forte.

Nem sei por onde deixei o muito
de mim por ai nesses últimos dias,
inebriado pela ilusão, difícil saber 
por onde andei, mas sei onde parei.

Realidade intrínseca, densa como chumbo
nociva, a toda fantasia, transformando
lindos sonhos, em meros absurdos,
refletindo como espelhos, o que não queremos.

Para meu abril não passar em branco...
teço tortas linhas com meu lápis empunho
descrevendo sempre, a trama,
o drama, o difuso...

... Como na vida,
continuo errando, sorrindo, errando,
aprendendo mas errando,
tentando, tentando, tentando.

Artur César

30/04/2013

sábado, 30 de março de 2013

A Carta

sábado, 30 de março de 2013

Olá, minha querida amada M. meus dias passam lentos desde a última vez em que nos vimos, olhar o relógio tem sido uma fixação angustiante, fico a pensar em que a mulher mais importante do meu mundo estaria fazendo, é inevitável, e se não fosse, faria um esforço tremendo para ser. Se eu soubesse que aquela seria a ultima vez que contemplaria naquele dia, e que iria demorar tanto pra te reencontrar, se soubesse disso teria sido mais fervoroso em minha palavras pra exprimir o quando de você gosto, o quanto de ti há em mim.
Sem muitas novidades no continuar da vida, depois da sua partida, continuo expressando as minhas ideias e indagações quanto aos estudos das faculdades do gênero humano, a minha curiosidade por certos comportamentos ainda não foram saciadas, nem confortadas com as respostas que obtive, costumo arquitetar situações para que dessas, eu imagine posições e condutas, previstas pelas características e princípios de determinadas pessoas, torcendo sempre pelo erro na probabilidade.
 No que as pessoas pouco se importam, dos por quês de suas escolhas, eu vejo como um dever, se auto afirmar, com auto satisfações, vejo que para as pessoas do nosso tempo refletir é uma grande chateação, e não em muito tempo que se passe, logo ali na frente, pelo caminho, se vêem perdidas em devaneios em forma de loops, onde toda aflição é uma grande repetição.
É grande o abismo dos que não se dão conta de si, minha querida, morro de medo de um dia eu seguir por campos que me levem a essa depressão, e o fato de me precaver refletindo, exercitando meu auto conhecimento, de nada me garante que em um determinado momento da vida eu chegue a me perder em mim mesmo, sim acredito que grande causa de perdição, de incompreensão das situações que nos cerceiam tem origem em nos mesmos, e não nos outros como se é de costume colocar a culpa, para se abster dela.
Indiretamente você tem um significado todo particular nessas minhas reflexões, pois a paixão que nos envolve de certo é a força causadora de flertar com esses tormentos tirando deles, as melhores respostas, mesmo que não me conforte com elas em primeira instancia, estar otimista por conta do amor, não pode fazer com que se conforme com uma verdade momentânea, enfim... a motivação que você me causa é o que me revigora, quando a mente já cansada vagueia resignada sem respostas.
E que logo, me aconchego no sentimento caloroso e harmonioso que sinto por ti, minha querida, o sol nunca brilhou tanto, a lua nunca esteve tão sedutora, e eu nunca estive mais feliz, e és tu, és tu... que graça! A melhor parte do meu dia agora, é escrever palavras que irás ler em horas futuras, e certo que irá me agraciar com as tuas, é uma importante forma de nutrir esse sagrado sentimento, e por breves instantes se desapegar da saudade, insistente companheira, perpetua na noite, até o fechar dos olhos para o próximo dia, e o próximo dia que se passará, é um dia a menos para nosso novo encontro, e assim sigo.
Meu tudo, até breve, vou correndo postar esta carta no correio, para que leia o mais breve possível.
Te amo com toda força da minha alma imortal.

Do teu fiel enamorado
Artur César

neste 30/03/2013
14:46

quarta-feira, 20 de março de 2013

Prelúdios

quarta-feira, 20 de março de 2013
Dedicado à minha Vênus, Melissa O. Shütz, inspiração deste texto, e de muitas outras ideias lindas, de um eu, hoje muito, mais muito apaixonado!


imagem - Scot Howden

Abro os olhos,
vai cair uma chuva forte,
prelúdio de um dia novo pro amor,
que em minutos, irá se repetir em nós,
refletindo em nós, nos anos de aprendizado,
por toda nossa juventude, ficaremos inundados
de vontade e entusiasmo, inebriados.

E é tão confortante a ideia, 
de que meus dias serão
agraciados pelo seu sorriso,
pelo constatado de que
és minha... e novamente,
e de novo, em nossa bem 
entendida possessão mútua.

Em escala gradativa
do nosso amor,
partindo do mais
para o muito mais,
para o sempre mais,
nunca será demais
nem dosado nem desmedido.

Tens meus sonhos manisfestados
nas ações que transporto
para o seu corpo,
fazendo ser real 
o seu desejo,
tornando surreal
o impeto que te envolve.

Estou no mesmo caminho 
de mãos dadas com você,
passos iguais em apuração,
nossa letra e harmonia nos
diferenciam dos simples,
para os que criticam
sem fazerem noção.

Contigo o caminho pro céu
é tão curto, que o inferno 
da sua falta já não mete medo.
Todas as madrugadas são longas
todos dias são ensolarados
mesmo com chuva, até mesmo em nosso 
particular inverno aconchegante...

e a cada abrir dos olhos para um novo dia, 
um novo, maravilhoso sonho pra viver,
um novo prelúdio com novas possibilidades
e formas, de amar, mais e mais você!

Artur César
20/03/2013
20:53


quarta-feira, 13 de março de 2013

Lapsos Do Tempo

quarta-feira, 13 de março de 2013
imagem - Nigel Cox

Lapsos do tempo,
rompimento do firmamento
o vazio embutido na vida,
num importante e determinado momento.

A vida foi, seguiu seu curso
Não é mais, menos, também não,
angustiante, estagnado, no percalço difuso,
trilhando o cenário mirando o chão.

Lapsos do tempo
divagando o sofrimento,
não sabendo mais por que doí,
é o contentamento alheio, insuportável, corroí.

Na dimensão do que fui,
apagado todo o azul da saudade,
no espaço do serei,
veste verde a liberdade e
negro toda minha alegria...

na plena luz do dia!

Reflexões, regressões e
reconstruções de memórias dilaceradas,
pela metade, fragmentadas, queimadas.
E eu espectador de mim mesmo...

perdido nos lapsos do meu próprio tempo.

Artur César
13/03/2013
18:26

quinta-feira, 7 de março de 2013

Intensifica(dor)

quinta-feira, 7 de março de 2013
imagem - Robin Olausson

Pela minha verdade,
por meu tudo que for
pretendo seguir forte,
instável, intensificador.

Mediante aos caminhos tortos
que me foram impostos,
minha intensidade se glorifica,
no firmamento de meus infinitos escritos.

Eu...

um ser demasiado "tão",
inspirado em dor, e colhendo 
versos de amor, sonhador de olhos abertos
que nos próprios escritos, ruma no sentido certo.

Poesia e verdade
tempestade e impeto
tragedia e comedia.

Minha arte, minha criação dos mundos.

Todos compostos de minha própria historia,
criador da dor, prazer, leveza e amor,
devorador da vida, em pleno rigor
pela arte, pela minha verdade

Intensificador.

Artur César
21/02/2013
17:04

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Os Melhores Dias Dos Meus Últimos Miseráveis Anos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
imagem - Yannick Corboz

Paixão, essa palavra tem um peso e um significado muito forte na minha vida. Seria justo aprender morrer se não houvesse esse meu se apegar na paixão, em mim, talvez o proposito mor da minha existência, do viver, do meu viver. Vivo para me apaixonar, me apaixono para viver, vivo então para escrever sobre, descrever sobre a plenitude em que uma intensa paixão me exalta, inflama minha alma. É um egoismo motivante, onde somente eu sei o que é internamente, por meio de todas as formas sensoriais escritas, eu tento transmitir em algumas manifestações perceptivelmente emocionais, na maioria das vezes até me fazendo exalar o entusiasmo, recorrente de ser invejado, pouco importa, é meu compromisso, meu dever, seria uma luta, causa perdida relutar comigo mesmo, me acometendo de pré julgamentos alheios.
Meu tempo se estagna apaixonado, e o mundo se transforma em paisagem, detalhes, focos, descrições, pontos e contrapontos. A arte é tão mais arte, a sensibilidade é tão mais sensível  o desejo é tão mais quisto, e o impeto mais voraz. 24 horas  é pouco pra um dia, na atual conjuntura, estou nos melhores dias dos meus últimos miseráveis anos, e por toda dor que recém passei e que passo ate o momento, é compensada pela maravilha instigante, pela motivação obstinada que a paixão me causa! A paixão o melhor capitulo da minha historia o grande ápice da minha tragedia, que aplaudo internamente, em pé, emocionado gritando: BRAVO, BRAVO, BRAVÍSSIMO.

Artur César
27/02/2013
21:51

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fragmentos Memoráveis V

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Imagem - colwyn thomas; nude

Não há tempo que não finde um medo,
nem minutos previstos, contados 
para o fim de um desejo

Nem mesmo a raiva quebrada
pelo encanto do dito: te amo;
estancaria o pranto, agora de felicidade

É mutuo o querer resolver, porque
as horas passam rápidas, 
pra gente se dar o luxo de perder

A razão se perde fácil,
sensibilizados pelo nosso prazer inato, 
despindo as magoas, porque nas mãos,
é que a vontade fala...

A vontade fala...
o corpo canta
do desejo, bebe
o tesão inflama
ardendo a cama

Somos, do inferno ao paraíso, 
similar nesse nosso sobe e desce,
vulneráveis em entrega,
hora eu solto, logo você me pega

vem o ápice, e nada mais é dito,
inexplicável... agora...
existe somente os sentidos...

Desgrudados, você para um lado,
eu, oposto, jogado, sorrindo,
e mais um problema nosso resolvido.

Artur César
21/02/2013
20:22


Fragmentos Memoráveis I
Fragmentos Memoráveis II
Fragmentos Memoráveis III
Fragmentos Memoráveis IV

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Conto De Saudade

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Dedicado a Melissa Shütz, inspiração, e razão desse escrito, obrigado por tudo que você já representa!

Ele tinha feito as malas no dia anterior,  já tinha deixado tudo pronto, só não sabia se seu coração estava pronto para tanta ansiedade que o tomava e o impedira de dormir um sono tranquilo, uma mistura de felicidade e angustia, pelas horas que se arrastavam para seguir o caminho que o levaria a sorrir e sentir suas velhas emoções, todas de volta, talvez mais fortes e renovadas.

Depois de limpar a casa, nem tinha se dado conta de que ainda pretendia ir ao mercado, buscar o que faltava para preparo do prato que tinha em mente que dedicaria a ele, imaginou, que as horas em que ele ficaria esperando o voo no aeroporto,  somado ao tempo de viagem ate sua cidade, o deixaria com fome. Perdida em lembranças de conversas pelo telefone, se arrumava para as compras com um sorriso no rosto, tomada  por excitação que só a confirmação da emissão da passagem poderia justificar, iria vê-lo, matar a saudade dos beijos e do corpo que acreditava que a pertenciam por direito, se lixando para possessão, era dela, assim como o seu ser e toda sua entrega, pertenciam a ele, uma troca mutua, acima de tudo justa, em sua visão agora de enamorada.

As razões para deixar a cidade naquela semana, para ele, eram claras e significativas; a estava amando perdidamente, com uma forte convicção de que já era tortura demais os dias que já tinha passado sem o brilho dos olhos daquela mulher, sem o sorriso, que vencia qualquer relutância de sua razão, para abandonar essa paixão, que tomava proporções descontroladas em seu ser. Por impulso impensado, comprara as passagens, e lembrou, que seu desejo era fazer uma surpresa, desembarcando no aeroporto de sua cidade e ligando para ela, pedindo que viesse busca-lo, mas achou mais prudente, avisar, mesmo sabendo que pelo telefone, ambos encheriam de lagrimas seus olhos, e inundando de alegria o peito, que ate então era tomado apenas pela esperança e agonia das horas, e dias de espera.

Tudo já estava pronto, chegou meia hora antes, do desembarque previsto, só faltava ele. Tentava controlar sua emoção, mas a cada grupo que desembarcava, procurava em meio aos rostos desconhecidos, aquele seu tão familiar e adorado, que também estaria perdido, procurando o dela.
O Voo foi tranquilo, já estava anoitecendo, e a teria em seus braços em poucos minutos, fechou os olhos e sorriu, um sorriso de "finalmente". Caminhando, firmava cada vez mais em seus pensamentos, e em seu coração que a sua alma, não era mais sua, queria viver por ela, respirar pelo amor dela, dedicar seu mundo a ela, e que assim seria um homem mais feliz, a toda extensão da palavra, não importando o tempo, o tempo agora poderia se arrastar lentamente pela eternidade, ambos já não se importavam mais.

A viu ao longe, linda, com os cabelos soltos, se esforçando para olhar por cima dos ombros alheios, nas  pontas dos pés. Veio caminhando lento em sua direção, até que ela o viu sorrindo, a primeira gota rolava pelo seu rosto neste exato momento, mas agora era de alegria, como quem sufoca a saudade pérfida, com lagrimas de felicidade, enfim, não estava mais sozinha. Ele a abraçou tão forte, ao mesmo tempo que ela o grudara para nunca mais largar; ele disse com uma voz rouca :”Não chore, cheguei, o teu amor me trouxe de volta até aqui, chega de saudade.” Dois corações batendo frente a frente, aliviados e uma noite pela frente carregada de carinhos voluptuosos e impetuosos, onde a saudade não tinha mais vez e o amor vencia, imperava mais uma vez.

Artur César
06/02/2013
18:40


                                                       Chega De Saudade - João Gilberto

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Escombros Da Ruína

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013



Espio esse mundo do meu canto
certos dias os raios do sol, clareando
certas noites a chuva molhando todos os prédios
deixando a cidade em prantos.

Estando próximo do indizível,
tentando classificar o incompreensivo,
através desse infinito labirinto que a acada esquina,
mil paredes mais vão surgindo, dificultando o caminho.

Construindo historias por meio de mitos,
esforços do meu corpo, em sacrifico,
para continuar diariamente os ritos
deformando o que foi perfeito, o que foi bonito.

Em uma disputa interna,
tempestade e impeto
a mente, o pensamento eleva    
e o meu bravo coração supera.

Eternizando em laços de sentimentos
onde a razão não mais faz efeito
agora só os sentidos imperá, em desespero,
estancando o sangue da cicatriz aberta.

Ergo me dos escombros,
da minha ruína, e ainda com forças,
ao longo do que foi, a vida não é mais incerta 
pois eu sou o tudo que ainda me resta.

Artur César
23/01/2013
17:55 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Um Dia...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Escrevi esse texto, pensando em muitos comportamentos, meus, alheios, mas sempre em volto aos meus demônios aos meus devaneios, que sempre me trazem algo útil. E esse útil, pode ser uma conclusão triste mas construtiva, ou uma conclusão alegre e resignadora. Mas dentre tantas formas de conclusão, existe uma  que é uniforme, de que somos(sou) uma miscelânea de ideias, sentidos e sentimentos, e que a ideia de ser/estar numa constante, não passa apensa de uma mera vontade, como uma vontade irracional infantil por exemplo! 


Um dia...

Um dia, nascemos,
um dia, crescemos,
um dia, nos damos conta,
de que não sabemos o que queremos.

Certos dias ficamos confusos,
na maioria estamos certos de tudo,
um dia, essa certeza muda
e nossas ideias ficam embaralhadas, confusas.

Um dia, preferimos o nada,
no outro queremos o mundo,
um dia, nossa conduta falha,
então caímos em desgosto profundo.

Um dia, achamos toda a alegria, pouco,
na maioria achamos a pouca tristeza, muito,
um dia, isso se inverte e nem nos damos
conta desse completo absurdo.

Um dia, queremos amar,
em outros tentamos deixar,
Só então buscamos provar,
que muitas vezes o melhor é estar só.

Um dia, queremos falar,
Em alguns apenas escultar,
um dia, escutamos, mas não ouvimos
um dia, falamos mas não escutamos.

Um dia, não nos damos conta da superfície,
dai nos surpreendemos com o abismo,
um dia, a gente quer ser mais profundo,
achando de novo, que iremos conquistar o mundo.

Um dia, choramos,
na manhã seguinte não sabemos o por que,
e então sem entender, achamos que consolidamos
a verdadeira razão de "ser".

Um dia, as pessoas se vão,
em outros só percebemos quem vem,
um dia, com saudade vamos ao chão,
mas um dia com chegadas faz tão bem.

Um dia, a gente crê,
já em outros, somos descrente,
mas um dia temos que dizer a verdade,
no outro não sabemos por que se mente.

Um dia, somos jovens,
à longo ou a curto prazo, não mais,
um dia a gente percebe,
que não da mais para correr atras.

Um dia, abrimos os olhos,
um dia, fechamos as janelas,
um dia, a vida é feia
um dia, do absolutamente nada,
tiramos coisas tão belas.

Artur César
07/01/2013  
22:41

 
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